domingo, 14 de novembro de 2010

Texto 3 sobre o Namorado ♥ - Dia 14 - 11 - 2010


Um dia vou-te escrever uma carta. Uma carta onde lerás todos os meus sentimentos, tudo o que sinto no momento em que a estou a escrever. Os meus pensamentos, os meus desejos, os meus medos, as minhas alegrias e os meus sonhos.
Quando a escrever talvez comece com um:

- Há muito tempo que te estou para dizer isto. Nunca o disse pessoalmente porque tenho vergonha e medo. Vergonha por poderes achar piroso e de te rires na minha cara, e medo… Medo por poderes dizer-me palavras feias ou virares-me a cara. Mas agora que ta estou a escrever não vou acabar a meio, mesmo havendo a possibilidade de nunca a ires ler, ou saberes da existência dela. Ou talvez a venhas ler. Não sei…

E depois de um começo, talvez comece a desenvolver e a organizar as minhas ideias, lentamente, como um caracol.
Nessa altura tentarei procurar as melhores palavras, para descrever tudo o que me vai no coração. Para descrever o que o meu coração disse, e diz…
Secalhar, ainda não sei bem, começarei assim:

-… Mas quero-te dizer tudo hoje, não quero que passe mais nenhum dia sem te dizer tudo isto.
Á 15 anos nasci. Em Lisboa, longe de tudo isto que agora vivo. Longe destas pessoas, destes campos. Longe da Serra e longe… Longe principalmente das pessoas que hoje me fazem Feliz. E “Essas pessoas” não consigo estar aqui a enumerar, porque não são poucas, mas a principal… A principal, és Tu.
Ao longe de toda a minha vida fui crescendo com os princípios que os meus pais me deram, fui crescendo e aprendendo. Crescendo e cometendo erros. Crescendo e Vivendo.
Sempre cresci a acreditar em Milagres.
Até que um dia, tudo o que eu pensava começou a desmoronar-se. Não sei como, mas cada dia que passava mudava-me (para pior). Deixei de ser o que era. Deixei o rótulo daquela “menina certa” que todos metiam em mim. Deixei de acreditar em Milagres e nas coisas boas da vida.
Mas porquê? Não sei…
Só que um dia conheci-te, foi no inicio da escola, na apresentação da turma. Para mim era tudo tão novo…
Não sei explicar, mas assim que te vi, a primeira vez em que os nossos olhos cruzaram, eu senti que eras Especial. Senti que eras diferente de todos os outros. Eras tu, Tiago Lino.
Começaram a nascer aquelas borboletas na barriga, aqueles arrepios, aquele embaraço sempre que estava contigo… mas um dia, como eu era uma parva nessa altura, deixou de ser assim.
Tornaste-te meu amigo, só. Quase todos os dias falávamos, éramos fofinhos um para o outro, tínhamos carícias que nunca esquecerei, mas nada mais. E assim se passou um ano.
Eu era demasiado criança, mas foi contigo que aprendi a amar.
É verdade… Apaixonei-me por ti, não sei como. Parecia magia.
Fiz tudo para ficar contigo, e consegui.
Contigo voltei a acreditar em Milagres. Voltei a acreditar que tudo é possível e a acreditar no prazer de viver.
No dia 14-8-2008, tudo mudou. Tu ficaste comigo.
Sentia-me nas nuvens sempre que estava contigo, sempre que me tocavas, que me abraçavas e me beijavas. Ter-te sempre comigo, era o que eu mais queria, e quero.
Aquelas primeiras semanas foram das melhores da minha vida, só pensava em ti, e no “quando voltarei a estar com ele/quanto tempo falta”.
Sonhava contigo a toda a hora, e foste tu, que deste cor à minha vida. Foste tu que me fizeste “acordar”. E foste tu que me voltaste a mudar (agora, para o bem).
Obrigada por isso.
Em todo este tempo nós chateávamo-nos, algumas vezes sem razão aparente, mas isso nunca me fez deixar de gostar de ti. Pelo contrário… Fortaleceu o que já era forte, o Amor que sinto por ti.
Mas por agora, vou saltar muitos momentos e muita coisa, porque o que te quero dizer está-me aqui engasgado há algum tempo…

Depois dessa parte acabada, acho que talvez deva dizer o mais importante. Dizer o porque de algum dia vir a escrever a carta… e essa parte, é assim:

-…Agora que já te disse o que tu sabias… Chegou o momento de dizer o melhor.
Se estás a ler esta carta, quero que saibas que te amo como nunca amei ninguém. Que és tu por quem o meu coração bate, e que és tu que me fazes Viver.
Tiago Ribeiro Lino, é por ti que todas as manhãs eu acordo. É por ti que eu respiro…
Quero que fiques sempre comigo, como eu sempre imaginei nos meus sonhos.
Peço-te desculpa por todos os erros que eu cometi ao longo deste 2 ANOS E 2 MESES (sim, porque hoje faz 2 anos e 2 meses), pelas vezes que te magoei e pelas vezes que te fiz chorar. Peço desculpa. Podes achar que fiz o que fiz para me “vingar” ou para veres o que eu passei… Mas não, tudo o que eu fiz foi inconscientemente, foi coisa de criança, coisa da qual eu me arrependo sempre que leio as mensagens que tenho tuas guardadas… 
Estou-te a escrever esta carta, para nunca te esqueceres dos bons momentos que nós passámos, desta última terça feira à noite, de todos os mimos e de todas as palavras. De todas as promessas que fizemos… De tudo o que passámos…
Quero-te dizer ainda que por ti faria TUDO. Tudo mesmo.
Não te quero voltar a perder, nem quero voltar a chorar nem te fazer chorar. A única coisa que mais quero é que sejamos felizes… Juntos.
Gostava de percorrer o Mundo contigo, poder-te beijar em todas as cidades famosas e em todas as ruas do Amor. Gostava de me encaixar nos teus braços mais uma vez, e sentir os teus lábios nos meus.
Simplesmente te quero dizer “AMO-TE”.
Sei que vais achar piroso quando leres, ou se leres…
Mas isto é o que sinto, o que o meu coração sente. Se não gostaste, então peço desculpa mais uma vez, mas no meu coração… Eu não mando.
E lamento dizer, mas és tu que tens a chave dele. Ele nunca se fechará para ti, porque tu serás o único que o poderá celar.
Agora que te disse tudo, chegou a hora de terminar de escrever.

Com muito Amor   ,
Joana Ochsemberg


Agora reparei… Com tanta coisa, não me apercebi que tinha acabado de escrever A Carta.


Joana Ochsemberg



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